terça-feira, 29 de novembro de 2011

Redes sociais aproximam diferentes gerações

Jovens e idosos trocam informações pelo Facebook e Orkut


Redes sociais (Foto: Malhação / Tv Globo)Ziggy e Gabriel vivem na internet
Adolescentes e seus avós, nos tempos de hoje, têm encontrado nas redes sociais da web um espaço para conviver e trocar experiências. Dulce Santos, 86 anos, é aluna da Universidade da Terceira Idade (Unati), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), há 16 anos. Lá ela deu os primeiros passos no mundo virtual: aprendeu a mandar e-mails e a fazer pesquisas. Depois disso, conseguiu ter mais contato com a neta que mora em São Paulo. “Velhice não existe mais. A pessoa tem que caminhar, se exercitar e aprender”, defende.
“A minha filha tem o computador dela, a minha neta tem outro, e assim dá para falar com todo mundo. Minha neta está esperando o meu primeiro bisneto, então cada vez que eu vejo alguma coisa relacionada a bebês eu mando pra ela", continua contando Dulce.
Thiago America, de 25 anos, instrutor de informática da Unati, é responsável por uma turma de dez alunos entre 69 e 75 anos. Ele acredita que as redes sociais são ferramentas de inclusão: “Eu acho ótimo para eles, porque os alunos interagem e se sentem melhor por usar essa mídia. Eles comentam em sala de aula: ‘mandei scrap e olha o que ele respondeu!’ Os que não sabe mexer, pedem informações".
Uma das alunas do curso de informática viaja com freqüência e coloca as fotos no Orkut. Léa Ferreira, de 67 anos, se orgulha do perfil que criou. “Na minha página no Orkut, tenho fotos das viagens que já fiz para a Europa e para os Estados Unidos. Minha filha e minhas netas entram, olham e mandam recadinhos. Também fiz amizade pela rede com jovens que viajaram para a Disney comigo”, diz.

A estudante Gabriela Bensdorp, de 15 anos, e a irmã mais nova, que moram no Rio de Janeiro, conversam sempre com o pai e os avós que moram em Manaus. “Eles perguntam como estou na escola e se eu tenho saído muito. Eu também coloco fotos e eles comentam. As redes sociais ajudam muito porque eles vêem o que eu estou fazendo e como estou crescendo”, diz Gabriela.
A avó dela, Nanci Bensdorp Muratore, de 58 anos, quer saber cada detalhe do dia a dia da garota. “Costumo conversar com as meninas todos os dias, desde como estão na escola até se estão beijando muito (risos). Elas ficam zangadas quando eu falo assim com elas, mas assunto é o que não falta. Todos os dias são especiais, porque sempre tem uma novidade na vida delas. Só o fato de estar falando com elas já é uma grande emoção. As meninas dizem, todos os dias, ‘vovó, te amo de montão’. Adoro falar com elas via internet”.

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