terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Falha de computadores derrubou sonda que iria a lua de Marte

Sistema da Phobos-Grunt foi reiniciado, disse diretor de agência russa.
Versão que falava em interferência com radares dos EUA está desmentida.

Sonda interplanetária russa Phobos-Grunt. (Foto: Reuters)Sonda interplanetária russa Phobos-Grunt
(Foto: Reuters)
Uma falha nos computadores de bordo causou a perda da sonda russa Phobos-Grunt, que tinha como destino Fobos, uma das luas de Marte, informou nesta terça-feira (31) o diretor da agência espacial russa (Roscosmos), Vladimir Popovkin.
O chefe da Roscosmos revelou que, segundo a comissão investigadora, a causa "mais provável" da falha registrada em novembro foi uma "ação local de partículas pesadas do espaço cósmico".
"Dois equipamentos do sistema de computadores de bordo reiniciaram, o que os deixou em regime de máxima economia de energia e à espera de ordens", disse Popovkin, citado pela agência oficial "RIA Novosti", em reunião sobre o desenvolvimento do setor espacial.
As declarações de Popovkin jogam por terra a versão divulgada anteriormente por analistas russos de que a falha teria sido causada por emissões de radares americanos.
Logo após o lançamento, em oito de novembro, a sonda russa ficou na órbita terrestre ao invés de empreender sua viagem a Marte, sem o controle das estações terrestre de rastreamento.

Duas semanas depois, a Agência Espacial Europeia conseguiu receber sinais da Phobos-Grunt, um acontecimento que fez renascer as esperanças de recuperar o aparelho.
Porém, todos os esforços para recuperar a sonda foram em vão e o aparelho, com 13,5 toneladas, se chocou contra as camadas mais altas da atmosfera terrestre em 15 de janeiro.
Segundo a Roscosmos, os restos da sonda que não queimaram ao entrar na atmosfera caíram ao sul do Pacífico, a mil quilômetros do litoral do Chile.
A Phobos-Grunt deveria completar uma missão de 34 meses que incluía o voo a Fobos, a aterrissagem em sua superfície e, finalmente, o retorno à Terra de uma cápsula com amostras do solo do satélite marciano.
O projeto, com custo de US$ 170 milhões, tinha como objetivo estudar a matéria inicial do sistema solar e ajudar a explicar a origem de Fobos e Deimos, a segunda lua marciana, assim como dos demais satélites naturais do sistema solar.

Fonte: Site Rede Globo- Noticias, Ciência & Saúde

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