terça-feira, 6 de março de 2012

Dilma e Merkel mergulham tablet à prova d'água em aquário na CeBIT

Presidente e chanceler alemã circularam pelo evento de tecnologia.
Feira ocorre em Hannover, na Alemanha, até o dia 10 de março.

A presidente Dilma Rousseff, ao lado da chanceler alemã Angela Merkel, visitou nesta terça-feira (6) estandes de empresas na feira de tecnologia CeBIT, realizada até o dia 10 de março na Alemanha. Após o clima tenso entre as duas na segunda-feira (5) por conta de declarações da presidente brasileira sobre exclusão digital e desvalorização do real por conta da entrada de moeda estrangeira no país, as duas se divertiram com aparelhos tecnológicos.
Dilma e Merkel mergulharam em um aquário um tablet à prova d'água da empresa Fujitsu e também participaram de atividades educacionais com tecnologia de realidade aumentada em uma mesa high-tech da empresa brasileira Positivo. Pela primeira vez o país participa do evento como um parceiro. Mais cedo, as duas assinaram um "livro de ouro" digital da Microsoft.
Dilma e Merkel sorriem após mergulharem o tablet da Fujitsu dentro da água. O aparelho, segundo a fabricante, pode ser usado em uma banheira ou piscina sem problemas. Ele roda sistema Android 3.2, tem tela de 10,1 polegadas e sintoniza canais de TV digita (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)Dilma e Merkel sorriem após mergulharem o tablet da Fujitsu dentro da água. O aparelho, segundo a fabricante, pode ser usado em uma banheira ou piscina sem problemas. Ele roda sistema Android 3.2, tem tela de 10,1 polegadas e sintoniza canais de TV digital (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
As duas líderes disseram a repórteres, depois de uma reunião na CeBIT, que discutiram as preocupações de Dilma de que uma enxurrada de dinheiro barato das nações industrializadas, incluindo as operações de liquidez do Banco Central Europeu (BCE), prejudicava países como o Brasil por levar a uma apreciação de suas moedas.

"Nas reuniões bilaterais, eu manifestei para a chanceler a preocupação do Brasil com a expansão monetária que vem ocorrendo por parte dos desenvolvidos - com os EUA obviamente uma parte mais significativa -, mas que agora a expansão monetária da União Europeia provoca desvalorização das moedas, o que consideramos adverso para o comércio internacional do Brasil", disse Dilma.
A presidente voltou a citar nesta terça que o Brasil tomaria medidas para se proteger da guerra cambial, mas disse que serão "medidas que não firam a Organização Mundial do Comércio" para evitar que a desvalorização da moeda desindustrialize a economia brasileira.
Merkel disse que tranquilizou Dilma de que essas eram apenas medidas temporárias destinadas a ajudar as reformas da zona do euro a fim de enfrentar a crise da dívida. O Brasil tem pedido que a Europa estabilize o euro antes que o FMI possa aumentar seu próprio capital e libere mais fundos para países em dificuldades da zona do euro, como a Grécia.
"A presidente manifestou preocupação com a expansão monetária que conduz à valorização da moeda brasileira de modo que há mais importação e menos exportações. Isso tem a ver com a liquidez no âmbito do Banco Central Europeu. Eu expliquei que temos que aproveitar o tempo que temos para estabilizar a situação."
Merkel afirmou ainda que vai levar o tema para discussão na próxima cúpula do G20, que será em junho no México.
Dilma e Merkel participam de atividade educacional com mesa high-tech da empresa brasileira Positivo na CeBIT (Foto: Divulgação)Dilma e Merkel participam de atividade educacional com mesa high-tech da empresa brasileira Positivo na CeBIT (Foto: Divulgação)
'Tsunami' x protecionismo
Ao discursar após a presidente Dilma Rousseff na abertura da CeBIT, em Hannover, na Alemanha, a chanceler Angela Merkel criticou "medidas protecionistas unilaterais" como estratégia para sair da crise financeira internacional.
"A presidente Dilma citou tsunami de liquidez, manifestou sua preocupação. Temos de olhar para medidas protecionistas unilaterais. Penso que a confiança é o caminho que devemos trilhar para sair da crise. [...] Nós, europeus, ficamos conscientes do fato de que temos que olhar além das nossas fronteiras", declarou Merkel. Segundo ela, trata-se de uma "crise bem delicada".
A fala ocorreu poucas horas depois de a presidente Dilma criticar a "política monetária expansionista" dos países desenvolvidos e afirmar que o Brasil tomará "todas as medidas" para se proteger.
“Eu reconheço que [a política cambial] é um mecanismo de defesa, mas você ganha tempo só. O que o Brasil quer mostrar é que está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado que é o câmbio, uma forma artificial de proteção do mercado. [...] Somos uma economia soberana. Tomaremos todas as medidas para nos proteger", afirmou a presidente a jornalistas na manhã de segunda em Hannover, no lobby do hotel Luisenhof.

Fonte; Site Rede Globo- Noticias, G1- Tecnologia & Games 

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