Empregados da Chocolates Garoto contam suas histórias e fantasias.
São cerca de 300 toneladas de chocolate líquidas produzidas por dia.

Veja a galeria de fotos da fábrica de chocolates
Todos os dias, a fábrica da Chocolates Garoto, que fica em Vila Velha, no Espírito Santo, recebe visitantes de todas as partes do país e do mundo, curiosos em saber como o chocolate se transforma nas delícias que chegam às lojas. São cerca de 300 toneladas de chocolate líquidas produzidas por dia.
E o que não falta é trabalho para os "ajudantes do coelhinho". A maioria deles ingressou na fábrica por contrato temporário para a Páscoa, mas, com a experiência e o bom desempenho, foram efetivados e construíram histórias de vida com o chocolate. "Sempre morei na Glória (bairro onde fica a fábrica), embalada pelo cheiro de chocolate. Sonhava em trabalhar na fábrica. Imaginava como era lá dentro. O chocolate tem essa magia, meu pai alimentava minha imaginação e eu também alimentei nos meus filhos. Eles achavam que eu trabalhava com anões, Coelhinho da Páscoa e Papai Noel e eu confirmava", diz Marília.
Como higienista, Marília conta que as cascatas de chocolate não são possíveis. Muito menos passar o dedo nas coberturas e nos recheios. Os ingredientes passam por canos, até cair nas máquinas. E os funcionários lavam as mãos como cirurgiões antes de qualquer processo.

moldados (Foto: Amanda Monteiro/ G1 ES)
Helder se lembra de quando chegou à empresa pela primeira vez, para trabalhar como temporário na fabricação de ovos de Páscoa. "Fiquei impressionado com a quantidade de chocolate. Olhava aquele monte de ovos de Páscoa e não acreditava. Hoje, opero um setor. Sempre tive o objetivo de chegar aonde cheguei e me determinei a correr atrás do que eu queria", afirma Helder.
Mesmo tendo que olhar para milhares de bombons todos os dias, há 15 anos, a operadora industrial Jaciara França afirma que não enjoa. Ela acompanha o processo de embrulho dos bombons moldados. A máquina embala em média 300 bombons por minuto. Jaciara conta que, até hoje, sente orgulho quando entra em uma loja e vê os produtos que ajuda a fabricar.
"Sempre sonhei em trabalhar aqui. Quando se está do lado de fora, a gente fica imaginando como será dentro da fábrica. Meu filho tem cinco anos e acha fantástico ter uma mãe que trabalha na fábrica de chocolate. Ele diz que vai trabalhar aqui também quando crescer", conta.

de chocolates (Foto: Amanda Monteiro/ G1 ES)
A história do supervisor de produção Eudson Berth com o chocolate vai além da parte profissional. Foi na fábrica que ele conheceu a esposa, Tatiane, com quem é casado há sete anos e tem uma filha. Em um local onde todas as pessoas usam toucas, jalecos, e fones, o jeito de andar fez a diferença. "Com o uniforme é difícil reparar em alguém, vai pela simpatia. Mas eu a vi na saída, do outro lado da lojinha, e reconheci pelo andar. Começamos a conversar e, com o tempo, a namorar. Mas dentro da fábrica é cada um no seu setor, não temos contato. Já tem 14 anos que eu trabalho aqui e vi muitas mudanças. Toda mudança traz medo, mas a gente encara", conta.

(Foto: Amanda Monteiro/ G1 ES)
Ela conta também que as famosas caixas de bombom amarelas, antigamente, eram feitas de papelão e amarradas com barbante. "E para dar uma imagem mais bonita, eram colocadas fotos de mulheres bonitas que saiam nas capas de revistas da época", diz.
A produção dos bombons redondos transforma todos em crianças. Ver as casquinhas de waffer saindo do forno, o recheio de castanha de caju caindo, o banho de chocolate deixa os visitantes com água na boca. A visita custa R$ 10 e é permitida para maiores de sete anos.
Fonte: Site Rede Globo- Noticias, G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário