domingo, 17 de junho de 2012

Novos MacBook Pro e Air já são vendidos no Brasil pela Apple

Preços são a partir de R$ 3.700 (MacBook Air de 11 polegadas).
Novas máquinas funcionam com Ivy Bridge, nova geração da Intel.


MacBook Pro com Retina Display (Foto: Reprodução)MacBook Pro com Retina Display (Foto: Reprodução)
A loja on-line da Apple no Brasil já está vendendo os novos MacBook Pro e Air, anunciados pela companhia nesta segunda-feira (11). Os novos aparelhos funcionam com a nova geração de chips da Intel, Ivy Bridge. Um dos grandes destaques é o MacBook pro com Retina Display, cuja tela tem mais de 5 milhões de pixels e que aposenta o drive de CD.
Pelos preços divulgados na loja, o MacBook Pro com Retina Display de 15 polegadas sair por a partir de R$ 10 mil. Os outros modelos de MacBook, com 13 e 15 polegadas, saem por a partir de R$ 4.000 e R$ 8.000, respectivamente. Os novos modelos de MacBook Air, de 11 e 13 polegadas, saem por a partir de R$ 3.700 e R$ 5.000, respectivamente.
A companhia avisa que os produtos que foram pedidos nesta segunda-feira devem ser enviados em duas ou três semanas.
Nesta segunda-feira, durante o evento de desenvolvedores da Apple, Phil Schiller, vice-presidente de marketing da Apple, apresentou novos modelos do Macbook Air, que funcionam com o processador Ivy Bridge, da Intel. O aparelho tem processador de 3,2 GHz, até 8 GB de memória RAM e os gráficos que são processados 60% mais rapidamente que o modelo anterior. Em espaço de armazenamento há até 512 GB de memória flash em disco e portas USB 3.0, que são dez vezes mais velozes do que a USB 2.0.
O novo MacBook Pro teve especificações técnicas parecidas com as do Air. Ele também ganhou um processador Ivy Bridge, da nova geração da Intel, e USB 3.0. O Pro, que aposenta o drive de CD, chega em modelos de até 750 Gbytes de disco rígido e preços a partir de US$ 2.199. Assim como o Macbook Air, ele chegará às lojas dos EUA nesta segunda-feira.

Fonte: Site Rede Globo- Noticias, G1- Tecnologia & Games

Apple aposentará o Ping ainda em 2012, diz jornal

Rede social foi criada em 2010 e funciona vinculada ao iTunes.
CEO da companhia já deu dicas de que o produto não foi bem aceito.


Ping Apple (Foto: Robert Galbraith/Reuters)Steve Jobs, durante a apresentação do Ping, em
setembro de 2010 (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
A Apple acabará com sua rede social Ping, site de discussão sobre música vinculado ao iTunes, entre os meses de setembro e novembro deste ano, quando pretende lançar uma nova versão do iTunes, informa o “Wall Street Journal”. O Ping foi anunciado em setembro de 2010 e não virou hit entre os usuários.
De acordo com a publicação, a Apple abandonada o serviço e optará por suas parcerias feitas com o Twitter e com o Facebook para tornar seus serviços mais sociais.
“Nós tentamos criar o Ping e os consumidores disseram ‘não queremos colocar muita energia nisso’”, já disse Tim Cook, CEO da Apple, em outra ocasião, ainda sem confirmar o fim do serviço.
O Ping foi anunciado pela Apple em setembro de 2010, por Steve Jobs, então CEO da companhia, que morreu em outubro de 2011. A ideia era que a rede permitisse que os fãs fiquem conectados com as músicas de seus artistas favoritos e descobrissem novas canções.









 

Como descartar celulares, tablets, notebooks, baterias e outros gadgets?

Às vésperas da conferência Rio+20, a ser realizada no Rio de Janeiro, onde será discutido o desenvolvimento sustentável no planeta, o Brasil ainda vive um problema sério quando se fala em despejo de produtos eletrônicos. Segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgado em 2010, o Brasil é o país emergente que mais produz lixo eletrônico per capita a cada ano (cerca de meio quilo).
Infelizmente, uma parte desse lixo é descartada incorretamente ou mantida praticamente como peça de museu de eletrônicos nas casas dos amantes de tecnologia. O que muita gente não sabe, no entanto, é que existem lugares para encaminhar seus antigos aparelhos ao descartá-los.
lixoeletronicoLixo eletrônico (Foto: Reprodução)
A criação desses locais de descarte foi uma das determinações incluídas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde o fim de 2010 e que tenta corrigir diversos problemas relacionados ao lixo. A nova lei institui que os fabricantes, comerciantes, importadoras e distribuidoras de produtos eletroeletrônicos devem criar sistemas de logística reversa para garantir o despejo correto do lixo. Portanto, você pode devolver seus antigos gadgets às lojas onde comprou ou as suas respectivas fabricantes.
Se tratado incorretamente, o aparelho eletrônico pode trazer diversos danos à natureza. Esse tipo de produto tem em sua composição substâncias tóxicas como mercúrio, chumbo, cádmio, berílio e arsênio. Também são utilizados compostos químicos retardantes de chamas e PVC, cuja decomposição pode levar séculos para ocorrer naturalmente. A exposição direta ou indireta a esses elementos pode causar distúrbios no sistema nervoso, problemas renais e pulmonares, além de câncer e outras doenças.
Para combater esse perigo à saúde e ao meio ambiente, consulte a lista abaixo e saiba como entrar em contato com algumas marcas, órgãos públicos ou ONGs e entregar seus antigos gadgets para reciclagem.
Motorola
O projeto ECOMOTO coleta telefones celulares, rádios de comunicação, baterias e acessórios. Os recipientes podem ser encontrados nesses endereços.
LG
Através da ação Coleta Inteligente, a empresa encaminha computadores, mini-systems, geladeiras, baterias e outros tipos de eletrodomésticos descartados de qualquer marca para empresas especializadas em reciclagem. Consulte os postos de coleta nesse link.
Apple
A fabricante do iPhone e do iPad recicla seus produtos no Brasil. Para se informar melhor sobre isso, ligue para 0800 772 3126 ou envie um e-mail para applecs@oxil.com.br .
Nokia
O programa de reciclagem da companhia recolhe aparelhos antigos da Nokia e seus acessórios em pontos de coleta, de assistência técnica autorizada ou pelos Correios. Os produtos também podem ser entregues em lojas do Grupo Pão de Açúcar através do programa Alô, Recicle.
Sony
A empresa recolhe pilhas e baterias descartadas em postos de serviço autorizado ou nas lojas Sony Store. Mais informações nos telefones 4003 7669 (capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 880 7669 (demais localidades).
Dell
A empresa vai até à casa do cliente buscar computadores velhos, impressoras, scanners e outros produtos da marca. É tudo gratuito, mas você deverá arcar com uma taxa se resolver cancelar a coleta num prazo de dois dias úteis antes da data programada.
HP
A HP possui programas de reciclagem de equipamentos, baterias e suprimentos de impressão da marca. Clique nos links para se informar melhor sobre o processo de coleta desses produtos.
Itautec
A empresa possui 33 filiais no Brasil prontas para recolher equipamentos eletrônicos de sua marca. Antes de aparecer em um deles, é preciso entrar em contato com a companhia no e-mail sustentabilidade@itautec.com.br.
Positivo
A fabricante recicla os equipamentos eletrônicos de sua marca. Para saber como proceder, entre em contato no e-mail recicle@positivo.com.br ou nos telefones 4002 6440 (São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília) ou 0800 644 7500 (demais localidades).
Vivo, TIM, Claro e Oi
As principais operadoras de celular do país disponibilizam urnas de coletas de celulares e baterias em suas lojas no Brasil.
Coopermiti
Esta ONG dedica-se à reciclagem de lixo eletrônico. Com o apoio da Prefeitura de São Paulo, a empresa agenda a retirada de gadgets na capital paulista através de seu site na internet.
Comlurb
A companhia responsável pela limpeza urbana do Rio de Janeiro espalhou pela cidade 560 cestas, identificadas na cor verde, dedicadas à coleta de pilhas e baterias. Para o resgate de computadores, impressoras e outros equipamentos eletrônicos, o cidadão deve entrar em contato com a prefeitura através do número 1746, ou por meio do aplicativo do serviço disponível para iPhone e Android.

Há, ainda, diversas instituições beneficentes que coletam equipamentos eletrônicos para utilizarem em seus projetos sociais, assim como várias outras ONGs que encaminham para reciclagem. Para uma lista com algumas delas, consulte o Mutirão do Lixo Eletrônico, o E-Lixo e o site Lixo Eletrônico.
Se a fabricante do produto a ser descartado não estiver sido listada acima, consulte o manual e procure mais informações sobre como reciclar seu gadget. Buscar orientações junto à prefeitura da sua cidade também é recomendável, assim como na loja onde você comprou.

Fonte: Site Rede Globo- Tecnologia, TechTudo

Veja o que você faria com o 'troco' ao comprar produtos da Apple nos EUA

A Apple produz alguns dos gadgets e eletrônicos mais desejados do mercado. No entanto, os altos impostos, cobrados sobre o valor dos produtos da empresa aqui no Brasil, elevam os preços e fazem muitos consumidores comprarem os eletrônicos fora do país, mais especificamente nos Estados Unidos.
O TechTudo montou um infográfico mostrando os preços e explicando o que pode ser feito com a diferença dos valores em dólar e real na compra de iPhones, MacBooks ou iPads.
Infográfico Apple (Foto: TechTudo)Onde vale mais a pena comprar eletrônicos da Apple, no Brasil ou nos Estados Unidos? (Foto: TechTudo) 

Fonte: Site Rede Globo- Tecnologia, TechTudo

Adolescente cria 'falsa' propaganda que mostra iPhone 5 transparente

Fino, aparelho imaginado por jovem pode projetar teclado em mesa.
iPhone 5 'real' ainda não foi anunciado pela Apple.


Um adolescente de 17 anos criou um vídeo em que mostra uma propaganda "falsa" de uma versão do iPhone 5, o possível próximo aparelho da Apple, que tem tela transparente e consegue projetar um teclado virtual em cima de uma superfície (clique aqui para assistir).
Dakota Adney, nome de sua conta no YouTube, criou o vídeo em sua cidade no estado de Oklahoma e que mostra sua grande expectativa em cima do novo aparelho. Segundo o vídeo feito por ele, o smartphone será finíssimo, terá o chip A5 de quatro núcleos, sistema operacional iOS 6 e a tela Retina Display de alta resolução transparente.
Outros recursos do iPhone como aplicativo do Twitter, de fotos como o Instagram, o assistente digital Siri e os livros do iBooks também estão no vídeo.
Até o momento, o vídeo lançado há menos de dois dias teve quase 140 mil e se destaca pelas ideias do jovem, que ajudam a aumentar as expectativas pelo novo iPhone.
O iPhone 5 real ainda não foi apresentado pela Apple.
Jovem cria propaganda que mostra uma versão futurista do iPhone 5, da Apple, que tem tela transparente (Foto: Reprodução)Jovem cria propaganda que mostra uma versão futurista do iPhone 5, da Apple, que tem tela transparente (Foto: Reprodução)
Na criação do adolestente, iPhone 5 poderá projetar teclado em superfícies lisas (Foto: Reprodução)Na criação do adolestente, iPhone 5 poderá projetar teclado em superfícies lisas (Foto: Reprodução)
Segundo Dakota Adney, aparelho terá chip de quatro núcleos (Foto: Reprodução)Segundo Dakota Adney, aparelho terá chip de quatro núcleos (Foto: Reprodução)
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Fonte: Site Rede Globo- Noticias, G1- Tecnologia & Games

Homens de preto, de verde, de roxo, de laranja, de prata…

Homens de preto, de verde, de roxo, de laranja, de prata…


qui, 14/06/12
por caue.muraro |
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Cena de 'Homens de Preto 3', com alienígenas em 1969 (Foto: Reprodução)
Uma das piadas mais sofisticadas da última versão para a divertida série “Homens de preto” eu só percebi quando o próprio Will Smith chamou minha atenção, numa entrevista que fiz com ele recentemente. Antes do encontro, a produção de “MIB 3″ (como os fãs acostumaram-se a chamar esse terceiro episódio) não mostrou o filme todo – revelando uma preocupação muito contemporânea com a pirataria. Mesmo com seus celulares recolhidos temporariamente, o que os jornalistas viram foram apenas trechos (generosos, diga-se) do novo trabalho. A tal piada estava num deles – e era tão óbvia, e ao mesmo tempo tão sutil, que eu na hora nem me dei conta. (“Brigada do spoiler”, abaixe as armas: não estou contando nenhum segredo fundamental do filme!).
Quando o agente J (Smith) volta ao passado para encontrar o jovem agente K (interpretado por Josh Brolin), ele “aterrissa” no mesmo “QG” que milhões de fãs do primeiro “Homens de preto” conhece bem – mas com alguns detalhes diferentes. A tecnologia – com aparelhos inspirados nas antigas séries de ficção científica dos anos 60 – é “retrô”, numa referência ao que poderíamos chamar de “futuro do passado”. Isso é fácil de notar. O que eu não tinha me dado conta, porém, é que os próprios extraterrestres que circulam pelo cenário também são “figuras de época”. Ao contrário das bizarras criaturas com computação gráfica de ponta que povoaram os dois primeiros filmes (e boa parte do terceiro), o que vemos são “alienígenas antigos”, “de carne e osso” – pessoas com caras pintadas (verde e roxo pareciam ser as cores “espaciais” da moda), corpos quase iguais aos dos pobres terráqueos (salvo por uma prótese de borracha ou outra), e roupas que pareciam saídas das passarelas mais disputadas mais de 40 anos atrás (Pierre Cardin, Paco Rabanne, AndrèCourreges). Lembra (ou, se você tem menos de 50 anos, já pegou alguma reprise) de “Perdidos no espaço”? Então, estou falando desse tipo de ET!
Ainda não vi o filme todo – está na programação do meu fim de semana -, mas faço hoje essa referência a “MIB 3″ porque há uma semana o tema “ficção científica” não sai da minha cabeça. Primeiro porque, por acaso, estive revendo há pouco tempo alguns episódios daquela que eu considero a melhor série de TV de ficção científica de todos os tempos: “The outerlimits”. (Ela durou poucas temporadas, em meados dos anos 60 – de 1963 a 1965 -, mas teve uma influência enorme, e é considerada um clássico alternativo; aparentemente foi exibida no Brasil com o nome de “A quinta dimensão”, mas eu comecei a conhecê-la em desajeitadas fitas de VHS no final dos anos 80, e hoje me orgulho de ter todos os episódios em DVD; apenas para dar o clima, aqui está a famosa abertura da série, com a não menos famosa narração que começa dizendo “there’snothingwrongwithyourtelevision set”, ou, “não há nada errado com seu aparelho de TV”… ). Rever esse show é um exercício que sempre faço quando as ideias que estão a minha volta parecem cansadas demais…
Capa da revista "New Yorker" sobre o tema (Foto: Reprodução)
O segundo motivo pelo qual tenho pensado muito em “ficção científica” é último número da revista “The New Yorker”, dedicado quase que exclusivamente a este tema – e que devorei em questão de horas. Geralmente nesta época do ano, eles saem com um número de “summerficcion” – ou seja, “ficção de verão”, lembrando que, no hemisfério norte, as estações são as opostas às nossas. É uma edição importante – geralmente as grandes editoras americanas brigam para conseguir encaixar seus figurões, ou mesmo novos talentos que querem lançar, nessas páginas. A qualidade é sempre impecável – e o simples fato de um autor aparecer nessa “New Yorker”, claro, já é não só um prestígio como uma promessa de sucesso crítico e comercial. Este ano, porém, no lugar de repetir o esforço de sempre, a revista tomou uma atitude ousada: dedicou o número a autores de ficção científica – e mais: comprou a briga da bancada (esnobe) que sempre insiste que esse tipo de literatura não é… bem, não é literatura.
Fãs da ficção científica já cresceram familiarizados com esse tipo de preconceito. Quantos adolescentes já não foram “repreendidos” por estarem lendo um livro que “não é sério” – justamente de ficção científica -, quando poderiam estar usando seu tempo melhor se dedicando à literatura “de verdade”? Reações como essa não são um exagero – e o relato de alguns autores consagrados na própria “New Yorker” sobre o primeiro contato deles com o gênero só reforçam a ideia de que existe sim um pré-julgamento não só a esse tipo de ficção, mas até mesmo aos autores que se dedicam a ele. Quanta energia jogada fora…
MargaretAtwood, por exemplo, descrevenum artigo seu encantamento quando, ainda criança (uma fase que, segundo ela, não nos obriga a classificar nada que lemos), um conto numa revista, sobre um planeta dominado por mulheres que depositavam seus ovos em homens capturados em espaçonaves que ali desembarcavam, a deixou marcada para sempre. Karen Russel – uma das novas sensações literárias americanas (que misteriosamente continua inédita no Brasil, ainda que você possa encomendar o bom “Lodolândia” em sites de livrarias portuguesas) – brinca com um programa de incentivo à leitura (Book it!) que algumas lojas do Pizza Hut nos Estados Unidos adotam, e que crianças participam lendo títulos como “A espada de Shannara”, mas não com obras como “Orgulho e preconceito”. William Gibson, o grande mestre contemporâneo da ficção científica, também faz um relato pessoal sobre seu primeiro contato com o gênero (nos idos dos anos 50), em livros que descortinavam um “Amanhã cujo brilho confiante era visível além do horizonte de tudo que era menos maravilhoso, desde que alguém tivesse olhos para exergá-lo”…
A definição é belíssima – quase poética -, e  serve perfeitamente para descrever alguns dos melhores livros de ficção científica já publicados, apesar, claro, desse “brilho do Amanhã” nem sempre ser muito confiante. Neste mesmo número da “New Yorker”, um ensaio sobre as primeiras descrições de vida fora da Terra na literatura popular, a escritora Laura Miller resume brilhantemente nossa relação com seres extraterrestres: “Apesar de tanta diversidade, essas criaturas acabam caindo em dois grupos: aqueles com os quais conseguimos conviver e aqueles com os quais não conseguimos conviver”. No primeiro grupo, claro, estão “E.T.” e companhia. No segundo, todo tipo de invasores enfurecidos que você pode imaginar – desde os temíveis seres de “Guerra dos mundos”, de H.G. Weels, até as horripilantes variações sobre o tema “Alien” (cuja mais recente encarnação está no ansiosamente esperado filme “Prometeus”, de Ridley Scott).
No meio dessas duas categorias, estamos nós, indefesos humanos que não sabemos se é melhor se apaixonar pelo alienígena (como já cantou belissimamente David Bowie – ele próprio um ser que certamente pertence a uma galáxia distante) ou se saímos correndo apavorados. Mas qualquer que seja nossa reação, o que importa é que o gênero “ficção científica” merece um pouco mais de respeito. No cinema, ele já conquistou isso. Stanley Kubrick – com “2001: Uma odisseia no espaço” e “A laranja mecânica” (seu autor, Anthony Burgess, tem um texto na mesma “New Yorker” sobre essa obra) – foi o grande responsável por trazer credibilidade ao gênero. (O próprio Ridley Scott, aliás, deve ser grato a Kubrick por isso). Mas na literatura, o preconceito ainda persiste.
Será que Jennifer Egan por ajudar nesse sentido? O texto seu que a “New Yorker” publica nesse número especial faz-me crer que sim. Com o título de “Black box”, ela traz um conto inédito que, a princípio parece apenas um truque – lembrando que a autora (uma das convidadas de honra da vindoura décima edição da Flip) ficou famosa por incluir um capítulo todo escrito no formato de um “power point”, no seu aclamado “A visita cruel do tempo”. Sua história é toda contada em frases curtas, que, de cara, lembram postagens de twitter. Mas aos poucos você começa a perceber que essa não é a questão. Nem todas as frases estão beirando os 140 caracteres (o discutível limite do twitter). Ademais, o leitor aos poucos vai percebendo que a decisão de escrever assim é menos de estilo e mais perversa: o que você está lendo não é uma narrativa, mas uma sequência de instruções.
“O fracasso do seu novo anfitrião em reconhecer sua presença pode indicar que mulheres não registram no seu campo de visão.
Ser invisível significa que você não será vigiada de perto.
Sua função é ser esquecida mas sempre presente.”
Mesmos os diálogos tomam, nesse conto de Egan, a forma de comandos, como neste outro trecho:
” ‘Onde você aprendeu a nadar assim?’ proferida preguiçosamente, com indolência, e dois dedos nos seus cabelos, indica curiosidade.
Diga a verdade sem precisão.
‘Eu cresci perto de um lago’ é ao mesmo tempo verdadeiro e impreciso.
‘Onde era o lago?’ transmite descontentamento com sua imprecisão.
‘Columbia County, Nova York’ sugere precisão ao mesmo tempo que a evita.
‘Manhattan?’ revela traiçoeiramente pouca familiaridade com a geografia do estado de Nova York’.”
É brilhante! E é a melhor evidência que a “New Yorker” pode dar de que ficção científica e boa literatura não são coisas excludentes!
Amantes ou não do gênero já superaram, quero acreditar, essa discussão. Eu mesmo, confesso, não sou um fã dos mais antenados do que existe na área. Como você que me acompanha aqui neste espaço sabe bem, eu gosto é de um livro bem escrito. Nesse sentido, tenho cá minha lista de títulos favoritos dessa “escola” – começando, claro, com dois autores inquestionavelmente consagrados: Aldous Huxley (“Admirável mundo novo”) e George Orwell (“1984″). Você pode até achar que estou citando clichês – mas esses, para o bem ou para o mal, são inevitáveis.
Minha lista segue com a já citada Margaret Wood – sendo que meu livro favorito dela é “O conto da aia”. “Fahrenheit 451″, do respeitado Ray Bradbury (que morreu recentemente, não sem antes contribuir com um texto também para esse número especial da “New Yorker”), não pode faltar. Entre trabalhos mais contemporâneos, sou incansável admirador de “Uma história de amor real e supertriste” de Gary Shteyngart – com sua delirante descrição de um futuro não muito distante, onde o dólar é cotado de acordo com as variações da moeda chinesa, e todo mundo tem um “äppäräti” pendurado no pescoço, uma engenhoca que dá todo tipo de informação que alguém precisa saber (inclusive o índice de “fodabilidade” de todas as pessoas que estão no mesmo ambiente que você…).
Mas o melhor de todos mesmo, para mim, é um livro que mal se encaixa nesse rótulo: “Não me abandone jamais”, de KazuoIshiguro. Esqueça o filme – se é que você cometeu o deslize de vê-lo. Essa é história mais triste e mais perversa que alguém poderia imaginar para nosso futuro. Os personagens criados por Ishiguro não usam roupas espaciais, não têm armas superpoderosas nem andam pelas ruas exibindo antenas ou membros sobressalentes. Mas eles foram imaginados vivendo num mundo onde a gente já se esqueceu o que é ser humano – e, nesse sentido, “Não me abandone jamais” está tão próximo dos contos brilhantes de Philip K. Dick, quando esses estão de “Alien” e “Prometeus”.
Percebo agora que citei livros que não exatamente se identificam com a parafernália futurística de boa parte das criações de ficção científica – e, reconheço, talvez esteja cometendo uma injustiça. Por isso mesmo vou terminar o post de hoje com uma pergunta para você: tem algum livro seu favorito desse gênero para me indicar?
O refrão nosso de cada dia
“Me enamore de un robot”, La Monja Enana – para não ficar devendo nada ao lado mais espalhafatoso e quase cômico da ficção científica (afinal de contas, eu também sou fã incondicional de “Marte ataca!”, de Tim Burton), ofereço aqui essa pequena obras “kitsch-espacial” de uma obscura banda espanhola cujo nome quer dizer “A freira anã”. O título, se você precisar de tradução, quer dizer “Apaixonei-me por um robô”. E a música… é pura diversão para o ano 2076!

Fonte: Site Rede Globo- Blog de Zeca Camargo

Lady Gaga é denunciada na Tailândia por uso 'inadequado' da bandeira

Moto na qual ela entrou no palco em Bangcoc trazia a bandeira tailandesa.
Fãs da cantora no país qualificaram a queixa como 'absurda' e 'hipócrita'.


O Ministério de Cultura da Tailândia apresentou uma queixa formal à polícia contra Lady Gaga, a quem acusa de utilizar de maneira incorreta a bandeira nacional durante o show que apresentou em Bangcoc no último dia 25 de maio, informou nesta sexta-feira (15) a imprensa local.
Durante o espetáculo, a cantora chegou ao palco conduzindo uma moto e usando um vestido de couro negro, enquanto a bandeira tailandesa ocupava a parte posterior do veículo. O Ministério denunciou que este ato foi "inadequado e feriu os sentimentos dos tailandeses".
Lady Gaga chega de moto ao palco em Bangcoc, com a bandeira da Tailândia na parte posterior do veículo; autoridades locais consideraram o gesto como 'inapropriado e que fere os sentimentos do povo tailandês' (Foto: AFP/Lady Gaga Tour/Yoshika Horita)Lady Gaga chega de moto ao palco em Bangcoc, com a bandeira da Tailândia na parte posterior do veículo; autoridades locais consideraram o gesto como 'inapropriado e que fere os sentimentos do povo tailandês' (Foto: AFP/Lady Gaga Tour/Yoshika Horita)
A reação dos fãs da cantora não demorou a inundar as seções de comentários dos sites dos jornais do país, qualificando a queixa como "absurda" e "hipócrita". "Há muita hipocrisia neste país. O Ministério deveria dar uma volta por PatPong, Patong e Pattaya (lugares conhecidos por abrigar espetáculos sexuais) e ver qual é a cultura de entretenimento deste país", escreveu um leitor do site do Bangcoc Post.
Antes da apresentação, a cantora nova-iorquina também foi o centro de uma polêmica por um comentário no qual deu a entender que o melhor de Bangcoc eram as falsificações. "Acabo de chegar a Bangcoc! Pronta para 50 mil monstros tailandeses gritando. Quero perder-me em um mercado e comprar um Rolex falso", escreveu Lady Gaga em sua conta no Twitter logo após aterrissar na Tailândia.
Maior polêmica causou a passagem da turnê por Filipinas e Indonésia, onde grupos cristãos e muçulmanos pediram o cancelamento de seus shows por causa das letras e roupas provocativas da cantora.

Fonte: Site Rede Globo- Noticias, G1- Pop Arte & Música

Telescópio pequeno descobre dois planetas fora do Sistema Solar

Kelt-1b está situado na constelação de Andrômeda e Kelt-2ab, na de Auriga.
Aparelho americano vê milhões de estrelas de uma vez e custa R$ 155 mil.


Com lentes semelhantes às de uma câmera fotográfica, um telescópio “extremamente pequeno”, localizado no estado americano do Arizona, acaba de revelar a existência de dois planetas “estranhos” e distantes do Sistema Solar.

Os cientistas Thomas Beatty, da Universidade de Ohio, e Robert Siverd, da Universidade Vanderbilt, ambas nos EUA, relataram a descoberta nesta quarta-feira (13) à Sociedade Americana de Astronomia, em entrevista coletiva na cidade de Anchorage, no Alasca.
Um dos corpos (na foto abaixo, à direita) é uma bola superdensa e quente, feita de hidrogênio metálico e ósmio, o metal mais pesado que se conhece na natureza, encontrado na platina e de cor cinza ou azulada. O planeta foi chamado de Kelt-1b e está situado na constelação de Andrômeda.
Planeta Kelt-1b (Foto: Julie Turner/Vanderbilt University/Divulgação)Planeta Kelt-1b aparece à direita da foto, mais avermelhado, com sua estrela brilhante à esquerda. O planeta fica tão próximo do astro que completa uma órbita em 30h (Foto: Julie Turner/Vanderbilt University/Divulgação)
O Kelt-1b fica tão próximo de sua estrela, que completa uma órbita ao redor dela em 30 horas. Além disso, ele recebe cerca de seis mil vezes mais radiação que a Terra do Sol. Sua temperatura na superfície gira em torno dos 2.200° C. Comparativamente, Mercúrio orbita o Sol uma vez a cada 68 dias, e sua maior temperatura na superfície chega a 425° C.
O novo planeta e sua estrela fazem uma espécie de “dança cósmica” que se assemelha à da Terra com a Lua, embora haja uma exceção: a Lua está “presa” à Terra, por isso vemos sempre a mesma face dela. Em alguns bilhões de anos, essa estrela deve se expandir e engolir o Kelt-1b inteiro.
No passado, o corpo celeste recém-descoberto pode ter sido empurrado por uma estrela companheira que está hoje orbitando esse sistema solar. Os pesquisadores acreditam que o planeta, mais parecido com uma anã marrom, seja capaz de mudar a atual concepção de como os sistemas solares evoluem.
Menos de 1% dos exoplanetas ou planetas extrassolares – fora do Sistema Solar – já descobertos são extremamente grandes e, ao mesmo tempo, muito próximos de suas estrelas hospedeiras.
Telescópio (Foto: KELT North Photos/Divulgação)Telescópio pequeno descobriu dois planetas fora do Sistema Solar (Foto: KELT North Photos/Divulgação)
O outro planeta encontrado pelo telescópio é denominado Kelt-2ab e se apresenta como uma estrela muito brilhante, 30% maior e 50% mais densa que Júpiter. Ele está localizado na constelação de Auriga, a cerca de 12 mil anos-luz da Terra.
A estrela-mãe do Kelt-2ab é tão brilhante que pode ser vista da Terra por meio de binóculos. Os astrônomos acreditam que poderão observar diretamente a atmosfera desse planeta, estudando a luz da estrela que brilha através dele e do calor infravermelho que irradia dele, usando telescópios localizados não só no espaço, mas também no solo.
Esse telescópio e seu “irmão gêmeo” foram projetados para observar milhões de estrelas brilhantes de uma vez só, em extensas áreas do Universo, com baixa resolução de imagem. É um meio de “caçar” planetas fora do sistema solar por um baixo custo. Enquanto a construção de um telescópio tradicional sai por milhões de dólares, esse exemplar sai por US$ 75 mil ou menos de R$ 155 mil.
A equipe usa métodos como o de trânsito, em que o brilho de uma estrela é ofuscado quando um planeta atravessa a sua frente. A recente passagem de Vênus pelo Sol foi um exemplo do uso dessa técnica, que pode trazer mais informações astronômicas.

Fonte: Site Rede Globo- Noticias, G1- Ciência & Saúde

Mapa genético do macaco bonobo é 98,7% igual ao humano, diz pesquisa

Cientistas terminaram de mapear o material genético do macaco.
'Bonobos fazem amor, e chimpanzés fazem guerra', segundo pesquisador.


Os cientistas terminaram de mapear o DNA do macaco bonobo, segundo pesquisa publicada na revista "Nature" nesta quarta-feira (13). Alguns pesquisadores dizem que isso pode, no futuro, revelar segredos sobre como o lado mais sombrio de nossa natureza evoluiu.
Trata-se do sequenciamento do último grande símio que restava analisar, já que o chimpanzé foi sequenciado em 2005, o orangotango, em 2011 e o gorila em 2012.
Os cientistas descobriram que estamos tão próximos geneticamente do bonobo, que é pacífico mas pouco conhecido, como do chimpanzé, mais violento e mais bem compreendido. É como se eles fossem irmãos, e nós, primos, relacionados aos dois igualmente, partilhando alguns traços apenas com os bonobos e outras características apenas com os chimpanzés.
Bonobos e humanos compartilham 98,7% do mesmo mapa genético, o mesmo percentual compartilhado pelos humanos com os chimpanzés, de acordo com o estudo. Os dois macacos têm uma relação muito mais estreita entre si - compartilham 99,6% de seus genomas - disse o principal autor do artigo, Kay Prufer, geneticista do Instituto Max Planck, na Alemanha. "Os seres humanos são um pouco como um mosaico dos genomas de bonobos e chimpanzés."
Mãe e filho bonobo são mostrados em foto sem data cedida pela associação Amigos dos Bonobos (Foto: AP)Mãe e filho bonobo no Congo são mostrados em foto sem data cedida pela associação Amigos dos Bonobos (Foto: AP)
Diferenças
Os bonobos e os chimpanzés têm comportamentos distintos que podem ser vistos em humanos, com bonobos mostrando o que poderia ser pensado como nossos "anjinhos", explica o pesquisador Brian Hare, da Universidade Duke.
Bonobos fazem amor, não guerra. Já os chimpanzés matam e fazem guerra. Bonobos compartilham comida com estranhos, mas os chimpanzés, não. Bonobos ficam perto de suas mães - que, inclusive, escolhem os companheiros de seus filhos - muito depois da infância, assim como seres humanos. Mas os chimpanzés tendem a usar ferramentas melhor e a ter cérebros maiores, como os seres humanos, sugere a pesquisa.
"O genoma do bonobo é o segredo para a biologia da paz?" perguntou Hare, que não estava envolvido na nova pesquisa. "Eles fizeram algo em sua evolução que nem os humanos podem fazer: eles não têm o lado negro que temos.”
"Se nós tivéssemos estudado apenas os chimpanzés, teríamos uma visão distorcida da evolução humana", disse ele.
O bonobo Mikeno, no Congo, é mostrado em foto sem data cedida pela associação Amigos dos Bonobos (Foto: AP)O bonobo Mikeno, no Congo, é mostrado em foto sem data cedida pela associação Amigos dos Bonobos (Foto: AP)
Ancestrais
Bonobos, chimpanzés e seres humanos compartilharam um único ancestral comum de cerca de 6 milhões de anos atrás, disse Prufer. Os chimpanzés e os bonobos partilham o mesmo ancestral comum até um milhão de anos atrás, quando o rio Congo se formou. Em seguida, os bonobos se desenvolveram de um lado do rio, e os chimpanzés de outro. Tornaram-se espécies diferentes, embora os cientistas não soubessem disso até cerca de 90 anos atrás.
"As cabeças dos bonobos são ligeiramente menores, e os seus dentes estão dispostos de forma diferente. No comportamento, os bonobos são muito mais tolerantes, mais sociais. Eles são excessivamente sexuais: em vez de liberar a tensão pela luta, eles se aninham repetidamente", disse Hare. "Bonobos são governados por mulheres alfa, e os chimpanzés, por machos", reitera.
De algumas maneiras - especialmente quando se olha para a fisiologia do cérebro - é como se um bonobo fosse um chimpanzé juvenil que não se desenvolveu, segundo Hare. "Os chimpanzés ficam mais violentos à medida que envelhecem; os bonobos não", afirma.
Embora o nome científico para os bonobos seja Pan paniscus, “deveria ser Peter Pan", segundo Hare. "Eles nunca crescem e nós temos muitos dados para apoiar essa ideia. Grande parte da sua psicologia parece estar congelada", disse.
Alguns pesquisadores dizem que Hare romantizou demais o bonobo. O pesquisador Bill Hopkins, da Universidade Emory, diz que ele tem mais cicatrizes de bonobo em seu corpo do que cicatrizes de chimpanzés. "Claro, bonobos vão morder, mas não vão matar", disse Hare.
Bonobos são uma espécie ameaçada e vivem apenas na região da República Democrática do Congo, devastada pela guerra. "Ironicamente", disse Hare, "os bonobos são do lugar onde as pessoas estão no seu pior".

Fonte: Site Rede Globo- Noticas, G1- Gentetica

França expõe meteoritos que caíram perto de Paris em 2011

Fragmentos caíram em outubro em Draveil, a cerca de 80 km da capital.
Eles serão expostos no Museu Nacional de História Natural.


Funcionário do Museu Nacional de História Natural de Paris mostra nesta quinta-feira (14) meteorito de 5,2 quilogramas, um dos que caíram em 2011 em Draveil, no departamento de Essonne, a cerca de 80 quilômetros de Paris (Foto: Jacques Demarthon/AFP)Funcionário do Museu Nacional de História Natural de Paris mostra nesta quinta-feira (14) meteorito de 5,2 quilogramas, um dos que caíram em 2011 em Draveil, no departamento de Essonne, a cerca de 80 quilômetros de Paris (Foto: Jacques Demarthon/AFP)
Os meteoritos começam a ser expostos ao público do museu nesta quinta (Foto: Jacques Demarthon/AFP)Os meteoritos começam a ser expostos ao público do museu nesta quinta (Foto: Jacques Demarthon/AFP) 

Fonte: Site Rede Globo- Noticias, G1- Ciência & Saúde 

Empresas investem em materiais naturais e reciclados para faturar

Preservação do meio ambiente gera bons negócios.
Empresárias lucram com papel reciclado, lápis e canetas ecológicas.


 A preservação do meio ambiente gera bons negócios. Pequenas empresas investem em artigos feitos com matéria-prima natural e reciclada para faturar.

Bloquinhos e cadernos são feitos com papel 100% reciclado têm acabamento impecável. Uma prova de que é possível unir qualidade e sustentabilidade. A empresária Marta Genta começou a fabricar produtos ecológicos há quase 30 anos

“É um material encantador, de uma variedade incrível, tem papel fininho, papel grosso, papel fácil de dobrar, papel que dá para fazer isso ou aquilo”, diz.

Hoje, a empresária usa fibras de espada de São Jorge, de bananeira ou de cana-de-açúcar para a fabricação de papel. A matéria-prima é cortada e recebe uma mistura de cinza de madeira, para separar as fibras de celulose. Depois, é fervida, batida no liquidificador e coada, até ficar no ponto para a secagem. Isso demora de um a dois dias. Todo o processo é feito em um ateliê em São Paulo.

Com as folhas de papel reciclado, Marta e uma funcionária montam 200 peças por mês, entre cadernos e bloquinhos, porta-retratos, porta-lápis, envelopes, pastas e convites.

Toda produção da empresária é vendida no próprio ateliê. “É uma coisa bem pessoal bem única. Cada objeto aqui é único”, diz Amelia Anger, que é cliente.
A empresária montou um site e vende online para todo o país. Do total, 70% das vendas são fechadas pela internet. O faturamento chega a R$ 7 mil por mês.

“Um segredinho bom de sucesso é ser o mais enxuto possível. Hoje eu tenho uma funcionária, a gente desenvolve os produtos e coloca na internet disponibilizando, faz orçamento e tudo”, afirma a empresária.

GravetosNa empresa de Carolina Milioni são feitos lápis e canetas ecológicos. Ela começou a fabricação em 2009. Para a produção, são usados galhos de eucalipto. Por dia, são recolhidos mais de mil gravetos, em Salto, no interior paulista.

Para transformar um simples graveto de eucalipto em um lápis ou uma caneta esferográfica foi necessário um investimento de R$ 25 mil em equipamentos, são lixadeiras e furadeiras. Máquinas dão o acabamento final do produto.

Oito funcionários trabalham no molde dos gravetos e cortam no tamanho padrão, fazem um furo no miolo do graveto para a colocação do grafite, carga da caneta ou giz colorido.

São produzidas mais de 2 mil peças por dia. Os lápis coloridos são os preferidos pelos clientes. Grandes empresas são responsável por 80% da produção e utilizam o lápis como brinde.

“Há procura pelas empresas até mesmo para lembrancinha de aniversário. A gente já fabricou para isso também e a produção aumentou bastante. Com isso, a lucratividade também”, afirma a empresária Carolina Milioni.
A empresa vende cerca de 30 mil peças por mês, entre canetas e lápis. O faturamento médio é de R$ 20 mil por mês.

Uma loja de conveniência vende os produtos ecológicos fabricados por Carolina. Os lápis coloridos feitos com madeira de eucalipto chamam a atenção dos clientes. Cada um custa R$ 2. “A ideia de ter utilizado esses gravetos, não ter que ficar descartando aqueles tubinhos de plástico na natureza foi ótima”, opina a cliente Daniele Lima.

O mercado verde cada vez mais ganha espaço na preferência dos consumidores. Segundo pesquisa do Ibope sobre o consumo, mais de 60% dos brasileiros estão dispostos a mudar o estilo de vida para contribuir o meio ambiente. E afinal, agora sustentabilidade é o assunto do momento.

“Qualquer escola que você vá hoje, você já tem essa consciência do reuso (...). As empresas que têm uma preocupação de marketing já usam papel reciclado. Enfim, isso não é uma imaginação, um nicho de mercado, é uma tendência de mercado”, sugere a consultora ambiental Laura Tetti.

Fonte: Site Rede Globo- G1, Economia PME

Grécia volta às urnas em 'referendo' sobre permanência na zona do euro

Após impasse de maio, gregos elegem novo Parlamento neste domingo (17).
Europa segue atenta o confronto entre centro-direita e esquerda radical.


Os gregos voltam às urnas neste domingo (17) para novas eleições legislativas que se tornaram uma espécie de referendo sobre a permanência do país em crise na zona do euro.
Todos os olhos da Europa e da comunidade internacional se voltam para o país.
O resultado das urnas deve ser imediatamente discutido na cúpula do G20 que ocorre segunda e terça-feira (19) em Los Cabos, no sudoeste do México, reunindo os líderes de países ricos e emergentes.
Ao longo dos últimos dias, dirigentes europeus e o presidente dos EUA, Barack Obama, "advertiram" aos cerca de nove milhões de eleitores gregos sobre as consequências da votação para seu próprio país e para a Eurozona.
Padre ortodoxo grego vai às urnas em Atenas, na Grécia, neste domingo (17) para as eleições parlamentares que irão decidir o futuro do euro no país. (Foto: REUTERS/Yannis Behrakis)Padre ortodoxo grego vai às urnas em Atenas, na Grécia, neste domingo (17) para as eleições parlamentares que irão decidir o futuro do euro no país. (Foto: REUTERS/Yannis Behrakis)


"Estar ou não estar na Eurozona? Esta é a questão", afirmou o primeiro-ministro interino grego, Lucas Papademos, resumindo o dilema.
A eleição ocorre depois que a votação de 6 de maio não conseguiu formar um governo, após dez dias de negociações emperradas e que elevaram a tensão nos mercados financeiros internacionais.
Os partidos tradicionais, Nova Democracia (centro-direita) e Pasok (socialista) não conseguiram atrair a Syriza (coalizão de extrema-esquerda), que surpreendeu nas urnas, para uma coalizão. A extrema-esquerda é contrária aos pacotes de ajuda oferecidos à Gréciax pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pela União Europeia.
O impasse levou o presidente Karolos Papoulias a convocar novas eleições, como previsto na Constituição.
Líder da coalizão de esquerda Syriza , Alexis Tsipras, (à esquerda), e líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, votam na Grécia, neste domingo (17) (Foto: Reuters)Líder da coalizão de esquerda Syriza , Alexis Tsipras, (à esquerda), e líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, votam na Grécia, neste domingo (17) (Foto: Reuters)
Para a votação de domingo, a centro-direita e a extrema-esquerda parecem estar empatadas em intenções de voto.
Pesquisas não autorizadas concedem uma vantagem mínima a Antonis Samaras, de 61 anos, líder conservador do Nova Democracia, sobre Alexis Tsipras, de 37 anos, chefe do Syriza, segundo um especialista.
Samaras se apresenta como o fiador da manutenção da Grécia na Eurozona, ao mesmo tempo em que quer renegociar o memorando, o plano de austeridade negociado com os credores internacionais em troca de ajuda financeira.
Ele ressaltou em um de seus discursos de campanha que "o que está em jogo nestas eleições está claro: euro ou dracma, governo de coalizão ou não governo".

Samaras, um conservador que se apresenta ao mesmo tempo como nacionalista a eurófilo, não excluiu, na hipótese de não conquistar a maioria absoluta, dirigir uma coalizão que inclua outros grupos de direita, assim como o Pasok.

Seu rival da esquerda radical, muito mais carismático, mas temido pelos mercados financeiros, exige acabar com o memorando assinado pelos partidos tradicionais "submetidos ao diktat dos credores".

Alexis Tsipras deu um prazo de dez dias para realizar "uma verdadeira e dura" renegociação com a União Europeia se tomar o comando na Grécia, com a perspectiva da cúpula europeia dos dias 28 e 29 de junho em Bruxelas.

"Espero que os partidos cooperem. Que todo o mundo esteja unido", disse à France Presse Michalis Vlasvianos, aposentado de 77 anos que vive com dificuldade com uma pensão mensal de 630 euros.

Se os europeus, e em particular a chanceler alemã Angela Merkel, mostram-se intransigentes em suas mensagens à Grécia, em Atenas é considerada inverossímil uma margem de negociação e um apoio ao crescimento.

"Os termos do compromisso, a ser assinado até dezembro, estabeleceriam um prazo adicional de dois anos para o saneamento orçamentário", afirmou à AFP um ex-conselheiro de Papademos, na liderança do país até maio.

Em dois anos, a Grécia recebeu uma ajuda maciça de 347 bilhões de euros – dois empréstimos de 110 e 130 bilhões até 2015 e um perdão da dívida de 107 bilhões – o equivalente a uma vez e meia seu PIB.

As eleições de 6 de maio não propiciaram uma maioria, nem uma coalizão de governo, afundando o país na incerteza e provocando nervosismo na Europa e a suspensão temporária do pagamento de 2,6 bilhões de euros de ajuda.
Gregos entram em agência bancária nesta quarta-feira (13) em Atenas (Foto: AFP)Gregos entram em agência bancária nesta quarta-feira (13) em Atenas (Foto: AFP)
À beira da quebra
Desde então, a Grécia parece estar à beira da quebra, com indicadores no vermelho: PIB em queda de 6,5%, desemprego de 22,6%, a população correndo aos bancos para retirar o dinheiro, e cofres públicos que podem se esvaziar em meados de julho.

Os cenários de uma possível saída da Grécia da Eurozona, uma hipótese rejeitada por 80% dos gregos, se tornaram recorrentes nos círculos europeus e nos meios de comunicação financeiros desde 6 de maio.

O último, fechado no início de julho pelo Deutsche Bank, detalha o que poderia ser o período de altos riscos posterior a um default "tão logo quanto o fim de junho ou o início de julho".

Este cenário prevê um controle dos fluxos de capital e das retiradas de depósitos bancários, o restabelecimento do papel do Banco da Grécia e a emissão de uma moeda ou quase moeda desvalorizada em 50% como mínimo.

Fonte: Site Rede Globo - G1, Mundo

Aos 93 anos, 1ª paraquedista do Brasil esbanja vitalidade no ES

Dona Rosa Schorling ainda quer dar um último salto.
Moradora de Domingos Martins, aprendeu a pilotar aviões aos 19 anos.


Aos 93 anos de idade, dona Rosa Schorling, ou Rosita, guarda na lembrança e nos recortes de jornais o orgulho de seu maior feito: ser a primeira mulher a saltar de paraquedas no Brasil. De lá para cá, já foram outros 136 saltos e uma vontade grande de continuar a se aventurar. Uma vida que já foi até registrada em livro, para contar as tantas histórias desta moradora de Domingos Martins, na região Central Serrana do estado, que com lucidez ainda recorda as realizações da juventude.
Nas fotos permanecem os registros de quando a idosa saltou pela primeira vez, aos 21 anos de idade. "No meu primeiro salto de para quedas, o piloto que me levou disse para eu saltar de olhos fechados, cabeça para baixo e contar de um até dez. Se eu fiz isso, não sei, só sei que eu me joguei de lá de cima, de uma altura de mil metros, e caí em uma praia do Rio de Janeiro", disse.

E o currículo aventureiro da aposentada, que não gosta de ser tratada por senhora, não para por aí. No ano de 1938, aos 19 anos, dona Rosa já tinha aprendido a pilotar aviões, mas para quem dirigia carros desde os 12 anos, a dificuldade não foi tanta. "Para mim, pilotar é como dirigir um automóvel ou uma motocicleta", explicou.
Em "Rosa Elena Schorling, além da folha de vento", o jornalista Fabrício Fernandes fez uma homenagem à Rosita com a publicação do livro-reportagem que conta fatos e feitos da história da capixaba. Os relatos começam, inclusive, na Alemanha, onde o pai da idosa também se apaixonou pelas alturas.
Hoje, com mais de 90 anos, a aventureira ainda quer mais. "Eu ainda não terminei de realizar meu sonho. Meu último desejo é dar mais um salto. Quando estou no ar, me sinto livre, como se tivesse ganhado asas para voar", disse.
Dona Rosita Schorling já saltou de paraquedas 137 vezes (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Dona Rosita Schorling já saltou de paraquedas 137 vezes (Foto: Reprodução/ TV Gazeta) 


Fonte: Site Rede Globo